Comunicação digital – Tendências e previsões para 2022

Um dos assuntos mais buscados no final de 2021, as tendências sobre “comunicação digital” tem despertado o interesse de usuários e empresários.

Leitura – 13 minutos

A busca por melhorar a comunicação, de modo geral, costumava ser uma preocupação das equipes de publicidade e marketing, com o objetivo de alavancar vendas, bater metas e trabalhar as imagens das marcas. Com o passar do tempo, outros setores perceberam a necessidade de ter um olhar mais atento para a ciência da comunicação.

O RH – Recursos Humanos, por exemplo, é uma das áreas que vem percebendo o quanto a comunicação digital tem a somar de maneira integrada às estratégias de comunicação externa, bem como outras áreas, como Compras e Logística.

É inegável que a situação de saúde pública de 2020 acelerou as coisas, colocando a tecnologia da informação e o cenário digital em foco.

A seguir vamos listar 5 tendências da comunicação digital para o ano de 2022 em diferentes setores.

1. Home Office, trabalho remoto e as mudanças que a pandemia trouxe

Pode parecer um assunto batido, mas muitas empresas ainda estão se adaptando às mudanças que o “lockdown” causou, desde março de 2020.

Os cargos, funções e posições que puderam ter seu trabalho remoto, fosse em casa, no formato home office, ou remoto, em qualquer outro lugar com conexão a internet, deu ao contexto digital uma outra ótica.

Diante da necessidade de se adaptar, mesmo depois da volta presencial, é inegável que empresas e organizações economizaram com colaboradores em home office. Assim, essa tendência continua forte para alguns setores, que se aprimoram a cada dia com tecnologias mais avançadas para garantir que a comunicação digital seja eficiente.

Tanto do ponto de vista financeiro quanto de entregas, a prestação de serviço de maneira remota, em um primeiro momento afastou as pessoas, com distanciamento físico, mas aproximou outras. Aqui na agência, por exemplo, tivemos a oportunidade de conhecer e contratar profissionais de outras cidades e estado, devido essa mudança da cultura organizacional. E aí entramos na segunda tendência de 2022.

2. Valor social, posicionamento de marca e reestruturação da cultura organizacional 

As alterações que a pandemia causou, provocaram ainda mais o interesse de institutos de pesquisa a estudar detalhes sobre estilo de vida e mudança de comportamento do consumidor.

Com isso, empresas precisaram buscar dados para despertar no time de marketing insights assertivos que garantissem a sobrevivência dos negócios e a segurança dos colaboradores.

O que os estudos de 2021 mostraram foi que muita coisa permaneceu e se tornou uma tendência em ascensão, como é o caso da pesquisa realizada pela Kantar.

“A previsão da Kantar é que o investimento das empresas em dados, insights, pessoas e Marketing garantirá a sobrevivência.”

Dentro dos estudos de tendências, investimentos e mudanças está a reestruturação da cultura organizacional das empresas para um marketing de posicionamento. Inclusão e diversidade tanto nas campanhas quanto nas ações e projetos, internos e externos. Nesse sentido está também a realização de eventos híbridos. Ou seja, a integração do digital com o presencial, seguindo protocolos sanitários, que também vieram para ficar.

Pensando em experiência do usuário, a acessibilidade tem ganhado cada vez mais visibilidade, também nessa reestruturação da comunicação, interna e externa. Para além da questão de cotas, dentro por exemplo do departamento de RH ou até mesmo do marketing, é algo que precisa ser colocado em prática pensando no coletivo. Ou seja, nos colaboradores, nos influencers digitais, nos usuários e consumidores.

Quando se fala em investimento em acessibilidade na comunicação digital é tanto no conteúdo, como na construção de canais com tecnologia inclusiva e na contratação de influencers como cocriadores. A era do “garoto (a) propaganda” já passou. Esse conceito anda de mãos dadas com o investimento em branding e ESG. Em outras palavras, as marcas devem se reposicionar e se alinhar com pessoas engajadas com causas sociais que estão cada vez mais urgentes. Do ponto de vista atual e futuro. Entretanto, o discurso tem que dialogar com a prática. Do contrário, “o tiro vai sair pela culatra”.

Sendo assim, a imagem de um influencer pode trazer retorno positivo ou não. Por isso essa mudança cultural de ser ‘cocriador’, de ser parte da comunicação. Então se a empresa tem ações sociais voltadas por exemplo para a causa da pessoa com deficiência – PCD, não basta contratar um influencer digital PCD para a campanha. É fundamental que tenham PCD entre seus colaboradores.

3. Mídia online, integração offline, fim dos cookies e transparência de informação

A reestruturação da cultura organizacional passa também pela mudança nos modelos conservadores muito hierarquizados.

Essa mudança tende a trazer mais transparência na troca de informações em prol de uma prática ágil e fluída. Com o uso da IA – Inteligência Artificial como suporte dentro dessa mudança fica cada vez mais fácil estreitar e melhorar o relacionamento com cliente. Este é um dos fatores, por exemplo, do BI – Business Intelligence. A IA está em todos os departamentos. Compras, logística, RH, operacional… Sendo assim, integrar mídias on e offline na estratégia de comunicação e de relacionamento é uma tendência que só cresce no cenário da comunicação digital.

Para seguir essa jornada e acompanhar o mercado, é preciso adotar uma sinergia omnichannel. Em outras palavras, é atuar de modo que o mundo online e o offline se misturem. Um exemplo prático é simples para ilustrar esse conceito, é você poder ouvir um podcast online ou baixá-lo para ouvir depois; offline.

O fim dos cookies é uma tendência que deve levar um pouco mais de tempo para se concretizar, mas o movimento já começou. Isso porque o marketing digital vive em constante reformulação e assim seguimos para o próximo tópico que é a captação de dados, a exposição deles e a consciência dos usuários que tem crescido, obrigando os anunciantes a repensar os cookies e suas estratégias de comunicação.

4. Troca de dados por informação – Consumo consciente e menos exposição

Seguindo a linha de raciocínio das tendências de comunicação digital para 2022, os anunciantes devem repensar as estratégias de captação de dados primários para não ficarem reféns dos Cookies. Como já foi comentado, os usuários estão mais conscientes quanto à exposição dos dados e revendo o consumo da informação em troca deles.

A tecnologia para bloquear cookies, por exemplo, entre outras, são cada vez mais comuns em equipamentos modernos.

De acordo com a pesquisa da Kantar, mencionada anteriormente, dentro dos streamings de vídeo, 60% dos anunciantes concordam que precisam melhorar seus próprios dados com outras fontes. O que nos remete ao item 3 desta lista, quando falamos sobre transparência de informação. E quase 80% dos anunciantes que participaram da pesquisa consideram fortalecer suas plataformas de dados para melhorar a segmentação do seu público.

Outro ponto é a qualidade dos dados e quais são realmente relevantes. Ou seja, voltamos ao conhecido “quantidade vs qualidade”.

Uma tendência que vem forte é a análise da concorrência e a estratégia de segmentação. Ou seja, se você chegou até aqui entendeu que, entrelinhas falamos sobre marketing social, endomarketing, entre outras situações ligadas a estratégia de comunicação. O contexto digital está totalmente atrelado às novas tecnologias, também já mencionadas. Deste modo, a previsão é investir em estratégias de relacionamento, interno e externo, para garantir informação de qualidade e direcionando seu planejamento. Em outras palavras, menos exposição e mais conexão.

5. Comunicação Digital – Redes sociais vs Mídias on/off 

Depois da chuva de lives, tanto no instagram quanto no youtube e em outras plataformas online, os usuários ainda estão buscando um equilíbrio. A sede de rua e de situações presenciais não afastou as pessoas das telas, mas deixou o consumidor mais seletivo. Indo na contramão da tecnologia de velocidade 2 do WhatsApp, os estrategistas estão buscando uma estratégia “slow content” que gere valor. De novo, mais conexão e menos exposição.

Nesse sentido há espaço para as redes sociais e mídias digitais, on e off. Mas é preciso integrar os conteúdos, diversificar os formatos e acima de tudo, ter o seu próprio site. Uma tendência muito forte é a analogia de construir uma casa em um terreno alugado.

Para gerar valor, atrair leads qualificados, estreitar a relação com o seu público, estabelecer identificação de marca é preciso estar em um ambiente seguro. Nenhum ambiente é mais seguro que a casa da gente. Ou seja, o primeiro passo é ter o seu site ou melhorar ele com todas as tendências de acessibilidade e tudo o que já foi falado até aqui. 

Dito isso, garantir a presença digital diversificando os canais, com as redes sociais e as mídias on/off, todas trabalhadas dentro dos conceitos de SEP, vai ajudar a posicionar e rankear dando ao seu negócio “um lugar ao sol”.

É sempre bom reforçar que estamos falando de comunicação digital. Ou seja, tudo é baseado em dados, TI, IA, pesquisa, investimento em sistemas e softwares, pessoal capacitado, etc. 

Formato para TV é algo importante a se pensar, considerando que muitas delas são smart e as pessoas estão conectadas. As pessoas compram pela TV, elas interagem, engajam, etc. Então não existem redes sociais vs mídia on/off. Está tudo interligado.

Por isso, a previsão para 2022 é que haja equilíbrio e integração. 

  • Social commerce nas redes sociais
  • Plataformas de comércio eletrônico
  • Metaversos 
  • Entre outros

Aplicadas as 5 tendências, por fim, é possível perceber o quanto elas convergem para um contexto mais humano da comunicação digital, integrando setores e tecnologia para conectar pessoas.

Se você precisar de ajuda para realizar essa transformação digital no seu negócio dentro do conceito de comunicação digital e marketing, entre em contato.